Havia algumas coisas, fisicamente e emocionalmente,
que eu estava fazendo comigo mesma, que eu percebi
que não eram saudáveis. Eu provavelmente não continuaria
viva se eu continuasse a tratar meu corpo como eu estava tratando.
Depois de anos com distúrbios alimentares, depressão, e auto mutilação
eu decidi procurar um médico e me tornar uma paciente.

Eu era como o dia e a noite. Em frete das câmeras eu conseguia
ficar super ligada, afinal isso faz parte de ser atriz, e como música,
você sobe ao palco e põe tudo para fora, indiferente do que você
esteja enfrentando na vida.  Então eu tive que colocar a minha vida
pessoal na frente a minha carreira, o que é muito difícil para mim,
pois a minha carreira é como eu me conheço e lidar com isso.

Bem comecei a lidar com a depressão quando eu tinha 7 anos.
Eu tinha pensamentos suicidas, o que não é normal para uma criança.

 

 

Quando eu comecei o tratamento, fui diagnosticada com bipolaridade.
E como eu não sabia e não fui medicada por tantos anos, acabou me
levando aos problemas mais sérios como anorexia, bulimia e auto mutilação.

Havia algumas pessoas que trabalhavam comigo, minha família e algumas
pessoas que notavam um comportamento estranho em mim quando eu me alimentava,
pois eu sempre ia ao banheiro depois do jantar e as pessoas percebiam.
Eu sempre dizia que não.

Eu estava jantando com uma outra atriz noite passada, Britany Snow,
e ela é a co fundadora da organização "Love is Louder". Nós estávamos
conversando sobre como somos sortudas por termos tido coragem de falar
sobre os nossos problemas, pois há pessoas que não falam sobre isso  e
você não sabe quantas meninas estão sofrendo desses problemas e que não o
enfrentam por causa que é tabu. As pessoas tem que tomar um lado, e pela
visibilidade que eu tenho por causa da música, eu pensei: "Se eu puder ajudar
alguém contando os meus problemas, eu farei  isso 100% do meu tempo".